Criar uma vitrine é mais do que expor produtos, assim como pensar uma loja vai além de um mostruário. Ambos encargos reforçam o conceito de uma coleção, atraem clientes e aprimoram a imagem de uma marca. Não à toa, muitos arquitetos trabalham na área de Visual Merchandising junto de designers gráficos e de interiores, lojistas e estilistas, para conceber uma experiência espacial que gera uma narrativa única e traga um maior engajamento da clientela na loja.
Compreender estratégias que trabalham o espaço, as alturas do olhar, o mobiliário, são apenas alguns dos requisitos fundamentais para que haja uma maior identificação entre o público e o produto exposto. Sendo assim, visitamos alguns dos projetos de lojas publicados anteriormente no ArchDaily para identificar algumas estratégias que podem ser aplicadas na hora de desenhar lojas atraentes e convidativas.
Aberta para as boas-vindas
Para evitar o limiar que se coloca entre os espaços da loja e o público, projetos contemporâneos tem optado por manter seus ambientes o mais abertos possíveis. Nesta atitude que exclui o mostruário de uma vitrine, o transeunte se sente bem-vindo para entrar e ter um contato direto com os produtos.
Aqui, destacam-se soluções como as portas-vitrines-estantes, ou um desenho mais angular na entrada da loja que leva o olhar e convida o corpo para o seu interior, assim como uma aplicação de diferentes materiais, cores e luzes que atraiam o cliente.
A loja como vitrine
Quando toda a loja é pensada para ser exposta, ela mesma pode se tornar uma grande vitrine, permitindo a interação visual entre o espaço interior e exterior através de sua permeabilidade.
Neste caso, apostar num design de interiores cativante ou inovar na forma como os produtos são expostos, são algumas das possíveis chaves para atingir o sucesso.
Despertar a curiosidade
O que desperta mais interesse do que algo levemente escondido? Uma das alternativas para atrair clientes está em criar um certo mistério a partir da vitrine.
O apelo pode ser mais conceitual, trazendo algumas mensagens enquanto oculta os produtos, ou mais tradicional, quando criam-se pequenas aberturas na fachada que possibilitam espiadas ao interior da loja.
Inovar no formato
Para chamar atenção ou ser ainda mais discreto, ir além da clássica vitrine chapada pode ser uma boa solução, afinal, a apresentação arquitetônica pode demonstrar a criatividade de uma marca desde o primeiro momento.
Sendo assim, buscar por ângulos distintos, trazer elementos de paisagismo junto aos produtos expostos ou inovar através de um desenho mais orgânico, podem ser algumas das respostas para aqueles que buscam uma imagem ímpar.
Revisitar clássicos
Por fim, vale lembrar que um clássico sempre será um clássico e dificilmente falhará. Para garantir sua potencialidade e mantê-lo contemporâneo vale atentar para alguns detalhes como um mobiliário bem desenhado ou o modo como os manequins são utilizados, afinal, sempre é possível trazer um toque de originalidade se pensarmos um pouco fora da caixa.
Ou ainda, a arquitetura da própria loja pode ter um certo protagonismo que a partir do contraste com as vitrines as destaca no todo, despertando o interesse de quem as depara.
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